terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Em cada coração, uma prece...


Sonhar com um berço esplêndido,
repousar a cabeça num colo materno,
declinar todas as formas de amor,
provocar o ânimo de esperança,
balbuciar toques do céu,
respirar o ar do infinito,
traduzir a alegria,
perfazer caminhos de vida,
saudar velhos e novos amigos,
repetir gestos bons,
fazer acontecer a Novidade -
deixe acontecer, porque,
Esse é o momento.

Qual é a receita para ser feliz?


Coloque-se dentro da felicidade
e
verás
quão imerso (a) você habitará
e
fará morada dentro dela;
e
experimentará o sabor
e
a medida precisa
e
preciosa de complementar-se com a felicidade.
E fazer dela, você.

Sobre as coisas novas...

Qual é a novidade?
Não existe nenhuma novidade!
O que realmente existe são as coisas novas:
a cada segundo,
a cada momento,
a cada primavera,
a cada tempo, tempo... tempo.
Se transformam, elaboram-se
e se liquefazem coisas novas.
Mas o que é uma coisa nova?
É a convenção de traduzir e traduzir-se cotidianamente,
sorrateramente,
não precisamente nesta ordem;
coisas que se considerem e as considerem como novas.
Um novo vôo de um pássaro, um novo canto e um nova melodia,
uma nova lição, um livro novo, um amanhã com uma nova manhã,
um pôr-de-sol novo, um olhar novo, uma queixa nova, enfim ,
uma boa prosa, um bom entendimento, uma nova circunstância de ver a vida...
uma Boa Notícia!

O menino Jesus

Se por acaso alguém lhe perguntar sobre o Natal
dirás:
Uma estrela, três reis tão magos e tão eles...
Perseverando por uma trilha na luz inabitada
de uma silenciosa estrela,
numa silenciosa noite
Numa manjedoura
Lado a lado, Maria e José e no centro:
O verdadeiro manjar da vida,
Tão pleno,
Tão tranquilo,
Ele que chega de mansinho,
se instala dentro e no meio de nós,
O menino Emanuel.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

N'algum lugar debaixo do pôr-de-sol

N'algum lugar debaixo do pôr-de-sol
eu coloco a grandeza de ser forte,
de ser idealista,
de estar neste mundão,
de fazer a alegria da justeza e da presteza,
do sol que lança raios por lançar,
do grão de areia que se aquece numa duna,
do amor que já vai se pôr
e amanhã estaremos a caminhar por aí...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Um olhar além do Sol

Se fitares o teu olhar para um ponto
Verás que a melancolia toma conta de ti.
Porém, não deixes de ser invadido por
tamanha solidão.
Há coisas na imensidão do Cosmo,
que só podem ser vistas a olhos desnudados:
como a presença de uma força misteriosa, que nos circunda
e nos toma por completo;
Como uma semente que rasga o útero do solo
e se planta na vida.
Como uma criança que olha de baixo para cima,
mas não se esquece de olhar, no teu olhar,
a grandeza de um homem:
Como um olhar além do Sol.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Cuidando...

Chega de mansinho
conquista a terra
brota dos veios da vida
a sensibilidade mais sensível
ternura.
O cuidado é como a pele
protegida pela derme corporal
pela sutileza da tranquilidade
pelas células de um cordial toque
entre a bruma e a pluma
tocando a pele do oceano
de um riachinho
cheio de história
passando pela via da vida.

A estilo à simplicidade franciscana


A estilo à simplicidade franciscana
caminho e vislumbro
a explosão da criação
do Criador
contemplando a criatura.
Do barro o homem,
do homem
a relação tão plena
e tão humana
cheia de seus mistérios
cheia de humanidade
de habilidades
doa-se a natureza quase perfeita
clemente do nosso olhar
da nossa ternura
da senbilidade aguçada e transcendental
tão simples
tão ela
que cabe dentro de nós.
Eri

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Por uma chama suave...


Por uma chama suave,
se dilata a vela.
Com uma cor tão mórbida
um consumir-se para a vida,
com lágrimas,
com mansidão,
na solidão...
És clarividência na escuridão
Entregando-se totalmente
em favor da luz.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Itabrasileiro...


Para não dizer êta brasileiro!
Digo, Itabrasileiro; é a soma das coisas contadas na Itália e vividas aqui no Brasil...
Frei Miguel no coração de Sergipe,
expressa a longevidade de um olhar, que tem Aracaju na palma da mão...
Imaginaram contar 99 anos de hábito cotidiano capuchinho?
Eu, como um bom matemático que sou... equacionaria desta forma:
1 ano para nascer.
9 para crescer...
99 para continuar crescendo com o germinar da vida... E quando os cem anos vierem... estaremos ao teu lado, autorizados por Jesus, para colocar o vinho velho, em odres novos.
Estamos indo, frei Miguel, a atender o seu chamado...
(Frei Miguelangelo de Cingoli é por essência Italiano, radicou-se no Brasil, e resolvemos adotá-lo como nosso patrimônio...Completará 99 anos entre nós, atualmente vive em Aracaju-Se, onde continua a distribuir serenidade).

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Imortalizando um poeta, Saulo daqui


Nas coisas que se lançam nas tendas do infinito,
são e-ternamente marcadas no pulsar do coração.
Como andarilhos, peregrinos que se lançam numa estrada
cercada de gravetos e de solidão.
Resgata o eu profundo
no limiar da alma.
Busca o gosto de Deus e se delicia com a Palavra -
tão terna e tão ela.
Escolhe as coisas mais preciosas, logo garimpadas
e as devolve em forma de prece ao coração,
que se dilata, que se relata
em cada sonata,
e ver, observa, e denota:
Cada coisa é o que é... como a sutileza de uma presença amiga e cordial,
e por isso, tão terna e tão bela!

(Imortalizando Dr. Carlos Kruschewsky - Psiquiatra, poeta, Escritor, Teólogo e amigo de meditações diárias no hábito da vida)

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O imortal Castro Alves



A poesia quando desferida no coração,
causa uma impactante reação de fulgor e maestria;
pela força aguda que invade a alma
e configura o ser
pós batalha sangrenta, banhada de vendavais e tempestades!
Quanto vale a agudeza de um sorriso?
Quanto custa a riqueza da dignidade?
Como resgatar a moral no último degrau do labirinto do homem?
Se tu dizes que a jactância e a prepotência
valem pelo preço do poder,
dilacera com um raio intempestuoso,
o trono utópico de uma vida utópica!
Vale mais a grandeza de um Deus,
do que a esperança inequívoca de um reles homem.
Pudera eu, ter dedos de artista, para esculpir a vida
com dedos e palavras de um vociferante poeta...
Quisera eu, voltar o tempo fugidio, de outrora
para trazer os versos que aprisionaram
num cárcere perpétuo, a multidão, a humanidade, a sua humanidade;
destituindo a liberdade de viver, de viver e viver.

(Erivan imortalizando o estonteante poeta Castro Alves).

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Badulaques da minha Bahia...


Cabaças,
Berimbaus,
Timbaus,
Contas e colares,
e coisas e tais...
Se rendendo aos encantos
e cantos e tantos os cantos
da minha Bahia,
O senhorio se prende e aprende
e artifica e fica plantado ali,
em frente ao Mercado Modelo:
Dos badulaques da minha Bahia e
Tudo me basta!
Isso é quase tudo,
e quase tudo, tem a Bahia.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Na direção do mar...



Pudera ter no foco de uma lente,
Por mais que seja numa fresta de olhar,
A direção do mar.
Delineia os sentidos-
é quase penumbra neste dia de chuva.
A alma resgata a imagem,
recorda e se dilata
e me relata,
lançando-me nas pupilas do horizonte;
e quem dera o amanhã, talvez hoje,
a recordação de menino,
singrando numa jangadinha, o mar.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A alegria de ser pequenino



Se encotrares, um rostinho terno destes por aí...
Diga ao mundo, que eles precisam de cuidado,
de amor,
de proteção,de afabilidade.
Enquanto o sol nasce, eles caminham em busca do lúdico
Mais ainda, de um tiquinho de pão e de um olhar
que os olhe com o rosto de quem tece as teias dos seus sonhos.

SOS.:Denuncie o abuso para com as nossas criancinhas!!! Construam sim, parques de diversões e lhes dê muitos brinquedos e livros, com gravuras, para que elas possam voar.

domingo, 9 de setembro de 2007

O porquê de quatro folhas...


Por que as folhas caem da árvore?
Porque sentem saudade do cheiro inebriante da terra.
Por que as folhas flutuam no ar?
Porque a leveza do seu ser, convidam-nas a imaginar e sonhar...
Quatro folhas:
Uma para virar adubo na terra,
Outra para conquistar os seus sonhos,
Mais uma para tocar os seus pés,
e a outra para que tenha esperança de alcançar
uma tarde aconchegante de outono.

Nascendo com o Sol...


Deixo-me conduzir pela madrugada,
Sinto a brisa acariciando a minha face,
Deixo-me levar pelas ondas caudalosas,
Enterneço-me com a cor do céu,
ainda tão sombria e melancólica.
O Criador me dá de presente,
esta certíssima maravilha e
Me pego nascendo com o sol.

sábado, 8 de setembro de 2007

Por uma via láctea


O homem que deita no lago -
se confunde com as estrelas da via láctea.
As estrelas mergulham e se espelham n'água.
Conta a lenda, que Narciso se afogou no lago...
não por que não sabia nadar,
Se afogou, por contemplar à sua beleza estonteante!
O problema extremo de Narciso, não é de ordem estética,
E sim, de ordem espiritual:
Narciso não sabia rezar,
e por isso, pagou o preço da sua beleza.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Um vôo razante no meio do nada.

Para além das nuvens,
a vida pulsa,
e ao contemplar
a imensidão do espaço,
a nave no ar
rasga o céu
numa mistura mesclada de branco e azul.
O olhar que vislumbrava à distância da saudade...
Cada vez mais se aproxima
para a plenificação da presença.
(momentaneamente Frei Mário e Frei Erivan)

Poetas divinos...


Estes são amigos de poetas divinos: de cima para baixo (Sérgio, John, EriConde, Robert)...

Diante do mistério da vida que nos circunda,
que nos envolve e nos toma
numa atitude de vivência e cadência,
nesta terra de frutos tropicais
tropical também somos nós
matéria desta composição,
desta justa posição,
reverenciar o Criador,
dos primatas,
dos africanos,
dos indianos,
dos tapuias,
dos tupinambás,
dos mares e rios,
da beleza e da riqueza,
da luz que prisma
e revela cada um de nós -
Poetas lançados dentro da poesia
imersos no turbilhão das ondas da vida.
Estou fazendo a propaganda da Coca-cola?
Pode ser.
Sempre coca-cola, tão boa, tão inesquecível!
Uma vez no paladar, sempre!

Uma sutil companhia franciscana



É bom estar lado a lado
lado a lado da presença cativante
nos sentimos bem
como numa tarde de feriado
na redinha.
Partilhando da mesma mesa,
do mesmo pão,
de forma mais discreta e sutil
que puder.
Todo dia não teria graça,
A graça, se esconde, por trás deste velho hábito
franciscano Capuchinho do Frei Afonso.
(de branco, o poeta EriConde com frei Afonso à sua direita).

Ternura


Se a alma pede a cor,
o olhar revela a flor.
Se os prados são cintilantes
basta chamar o sol.
Se não houver mais pureza
Faça germinar uma criança.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A simplicidade de uma flor





O que dizer, de uma flor,
que nasce por nascer?
Que ela continue nascendo,florescendo,
Intimando o olhar à contemplação
E quem sabe até,
pousar sobre a tua pele plumática
A grandeza de um universo.

Eu sou do Conde Sim 'Sinhô'!!

Eu quero o desejo
de sentir com o corpo
o coração e alma
e com a verve poética
o coração da água que pulsa
pela dilatação e pela integração
de corpo e água,
plena composição.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Não existe luz sem cachoeira


Um minadouro
através dos veios da terra
brota uma nascente,
que se enlarguece,
Mas antes, tão pequenina!
Toma corpo,
densidade,
se transformou numa
Cachoeira e da beleza de uma cascata -
a Luz!

Viajantes divinizados...


Quem dera o amanhã, viesse me recolher com o pôr-de-sol,
E levasse consigo as dores, as angústias, os cânceres, os tumores que aniquilam o lado humano.
O lado fenomenológico pede o contrário,
realimentar o desejo de viver o lado humano,
contemplar uma pedra não polida
e sim, vê-la com toda a sua naturalidade e primitividade.
Caminhar e sentir as ondas e brisa que toca na face e dizer à nossa subjetividade transcendental:
!que hermoso és isto!
(Erivan e Alberto -dois condenses : poetas divinos.)
A cada dia descubro a perplexidade
de cada manhã...
Aprecio com moderação a natureza de mim mesmo.`
Com realação à natureza, é um verdadeiro fascínio do Criador, que enternecido com a criatura, fez dela um laboriosoSER - cheio de luz e de vida, para se dilatar com as coisas sagradas- sagradas, porque estão guardadas no coração do labirinto da vida.

Esperança

A esperança se lança
como uma folha verde
Em busca de um sonho perdido
No fim de outono.
Em busca de uma aventurança
ou de uma bem aventurança
em que tudo alcança
e alguém se lança
em que tudo vive
em que tudo cria.
Onde a esperança espera
por alguém que não a deixe
abandonada no vazio do existir.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Coração de um sacerdote


Coração de um sacerdote
Lançado e vocacionado ao mundo;
paira de alegria e vigor,
quando se enternece pelas coisas sagradas,
guardadas na memória,
na estrada a percorrer,
no silêncio de uma prece,
na dádiva de ser um peregrino,
sentindo o chão de onde pisa,
se dilata com o mar,
configura-se na vida
e se recolhe nas tendas do seu coração.
(Homenagem ao fr. Mário Sérgio)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Viver

Tornar-se uma semente- significa nascer.
No útero da terra - a semente vai nascer.
Brota da semente uma nova vida.
Uma nova vida surgida da semente.
Espalho como quem não quer nada
Sementes de quase tudo
De quase vida
De quase ser
que se enraíza
no ventre da mãe terra e fica lá
esperando um dia, outro dia... eternidade.

A vivência do azul

Em que reside o azul anil?
Em que berço nascestes?
Aonde estás o azul que vês no céu?
Será o azul que realmente vê?
O azul mora dentro do azul,
eterna doação divinizante!
Não im-porta, tudo isso,
só sei que é belo de tanta beleza,
que enternece a alma e se torna
Fascínio do sol e do olhar!

domingo, 2 de setembro de 2007

Todos os sentidos...


Uma linha riscada no horizonte da vida,
Tecendo a beleza de um mar,
Cúmplice do céu azul.
Pairando no ar,
Uma gaivota do sem fim,
Buscando a pena do seu pensamento;
Transformando o seu sonho,
dando todo um sentido
A todos os sentidos.
(Ericonde)

Poetas divinos

A poesia
é pétala
que busca
a sua composição
na simplicidade
de uma flor.
(Eri-Conde)